Outros nomes: Pesquisa de GDH para C. difficile, TESTE RÁPIDO PARA GLUTAMATO DESIDROGENASE DE CLOSTRIDIUM DIFFICILE, TESTE IMUNOCROMATOGRÁFICO PARA GLUTAMATO DESIDROGENASE DE CLOSTRIDIUM
- É necessário retirar um kit para coleta em uma das unidades do Fleury.
- Este exame é realizado em amostra de fezes. Não há necessidade de preparo para a coleta.
Atenção: Para a entrega do material, é necessário consultar restrição de atendimento de horários das unidades.
- Fezes líquidas podem ser utilizadas para o teste.
- Enviar material no saco plástico, refrigerado, para a seção processante
Estabilidade da amostra
Temperatura ambiente: 1 hora;
Refrigerado (2-8 ºC): 24 horas;
Congelado (menor ou igual à -15 ºC): 7 dias.
Imunocromatografia
Negativo para GDH e toxinas A e B
- Estudos taxonômicos recentes levaram à reclassificação de Clostridium difficile em um novo gênero denominado Clostridioides (Anaerobe, 2016; 40:95-99 e Int. J. Syst. Evol. Microbiol., 2016; 66:3761-3764); portanto a nomenclatura correta e atual é Clostridioides difficile.
O exame é indicado para o diagnóstico de diarreia causada por C. difficile.
O kit utilizado para o teste é o C. diff Quik Chek Complete, que detecta simultaneamente a glutamato desidrogenase (GDH) e toxinas A e B. As toxinas são expressas apenas pelas cepas toxigênicas de C. difficile. GDH é expressa por todas as cepas de C. difficile.
- Os consensos das sociedades americana e europeia de infectologia diferem quanto ao uso da PCR como ferramenta diagnóstica. Enquanto o consenso americano indica que a PCR pode ser utilizada isoladamente como teste para diagnóstico da diarreia por C. difficile, em paciente com pelo menos três evacuações com fezes não formadas em período de 24 horas (McDonald LC et al. Clinical Practice Guidelines for Clostridium difficile Infection in Adults and Children: 2017 Update by the Infectious Diseases Society of America (IDSA) and Society for Healthcare Epidemiology of America (SHEA). Clin Infect Dis. 2018;66(7):987-994.), a sociedade europeia de não recomenda seu uso isolado (Crobach MJ et al. European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases: update of the diagnostic guidance document for Clostridium difficile infection.
Clin Microbiol Infect. 2016;22 Suppl 4:S63-81.).
Segundo o consenso europeu podem ser utilizados dois algoritmos para o diagnóstico das infecções por C. difficile. Um algoritmo tem como teste inicial a PCR e o outro tem como testes iniciais a pesquisa de GDH e toxinas A e B.
No algoritmo no qual a PCR é o primeiro teste, em caso de negatividade, não há necessidade de testes adicionais. Se a PCR for positiva, deve ser testada também a presença de toxinas A e B. Se o teste para toxinas for positivo, o diagnóstico é extremamente provável. Se for negativo, há necessidade de avaliação clínica, pois a positividade da PCR para C. difficile pode indicar apenas colonização.
No algoritmo que utiliza como primeiro passo a pesquisa de GDH e toxinas A e B, caso os dois testes sejam positivos, o diagnóstico é extremamente provável. Caso o teste seja positivo para GDH, mas negativo para as toxinas A e B, e o paciente apresente clínica compatível com infecção por C. difficile (diarreia), é recomendável realizar PCR ou cultura toxigênica para confirmação do diagnóstico.
Em estudo realizado no Fleury, o teste C. diff Quik Chek Complete apresentou sensibilidade de 98,1% e especificidade de 90,7% para GHD, enquanto para o teste de toxinas A e B a sensibilidade foi de 65,0% e a especificidade foi de 97,0%.