Outros nomes: Imunoistoquímico 2 para diagnósticos, IMUNOHISTOQ P/DIAGNOSTICO DE NEOPLASIAS, NEOPLASIAS, IMUNOHISTOQUÍMICA OU IMUNOPEROXIDASE P/, Imunoistoquímica de medula óssea, Diagnóstico de neoplasias imunoistoquímico, Diagnóstico de neoplasias imunoperoxidase
"Este exame é realizado em material obtido por biópsia/ressecção cirúrgica, fixado em formol tamponado a 10%, B5 ou paraformaldeído, ou em fragmentos de tecidos incluídos em bloco de parafina, acompanhados da cópia do laudo original e, se possível, de lâminas coradas.
- Se o fixador não for formol a 10%, é importante saber a hora certa em que o material foi colocado em outro conservador (como Bouin, por exemplo).
- O exame pode ser realizado em líquidos, citocentrifugados, ou emblocados celulares, porém a reação imunoistoquímica em material citológico depende da avaliação prévia da qualidade da amostra.
- Preferencialmente, o material deve ser enviado até 24 horas após a coleta.
- Se for incluído o IH-NEO2 em material de ANATPATP realizado no Grupo Fleury, verificar antes no setor técnico se há material disponível no bloco de parafina para a inclusão.
- Se a amostra for material eviado (proveniente de outro serviço), obrigatoriamente deve ser enviada cópia do laudo anatomopatológico original para que o Fleury tenha acesso aos dados de identificação do cliente e da amostra recebida, assim como ao aspecto macroscópico das peças cirúrgicas, uma vez que essas informações são necessárias para a melhor interpretação dos casos.
- Não há restrição de prazo para a inclusão do IH-NEO1 ou IH-NEO2 depois de realizado o exame anatomopatológico."
- Enviar o material para a seção fixado em formol tamponado a 10%, B5 ou paraformaldeído, ou em fragmentos de tecidos incluídos em bloco de parafina, ou de lâminas coradas, em temperatura ambiente.
- Fragmentos de tecidos seccionados de 2 a 3 micras são desparafinizados, hidratados e submetidos a bloqueio da peroxidase endógena com sucessivos banhos de água oxigenada. A seguir, são incubados com anticorpo primário "over-night" à 4°C, depois com o pós-primário por 30 minutos e em seguida com o polimero por 30 minutos. Por fim, a reação é revelada com Diaminobenzidine (DAB) e contra-corada com Hematoxilina de Harris. Preparados citológicos podem também ser submetidos a exame imunocitoquímico através de técnica semelhante.
- O resultado do exame baseia-se na interpretação do conjunto de resultados.
- O exame imunoistoquímico tornou-se um adjuvante indispensável à prática da patologia moderna, complementando a análise histológica convencional. Pode ser realizado em material de biópsias, peças cirúrgicas ou preparados citológicos e contribui para o diagnóstico em diversas situações, entre as quais:
- determinação da linhagem histogenética das neoplasias morfologicamente indiferenciadas;
- subclassificação de determinadas neoplasias, como os linfomas não-Hodgkin;
- caracterização da possível origem dos carcinomas, no caso das doenças metastáticas com localização primária desconhecida;
- discriminação da natureza de determinadas lesões (benigna versus maligna), como a presença de células basais nas lesões proliferativas benignas da próstata;
- avaliação prognóstica de neoplasias, a exemplo do carcinoma de mama, por meio da detecção de receptores hormonais, oncoproteínas e fatores relacionados com o ciclo celular e com a angiogênese;
- avaliação de proteínas que possam servir de alvos para a terapêutica com anticorpos monoclonais específicos, como o Her-2/neu, nos carcinomas de mama, e o CD20, nos linfomas de linhagem B.
- A fixação inadequada e as condições adversas de preparo do bloco de parafina podem interferir nesta análise.