I - Critério de realização
- O cliente deve retirar, no Fleury, os frascos adequados para a coleta do material e a folha de instruções. É obrigatório a apresentação do pedido médico na retirada dos frascos.
- Em caso de o exame ser realizado junto com o parasitológico, prevalecem as orientações deste último teste.

II - Amostra
- O exame é feito em fezes recentes, colhidas em frasco sem conservante.
- A amostra não pode ser contaminada com urina nem ser colhida do vaso sanitário.
- O material tem de ser entregue ao Fleury em até seis horas após a coleta, se for mantido em temperatura ambiente, ou em 12 horas, no máximo, se estiver refrigerado.

III - Interferente
- O cliente não pode receber contraste radiológico oral à base de bário, bismuto, magnésio e carbonato de cálcio nas 48 horas que antecedem o exame.

IV - Uso de laxante
- Para indivíduos que tenham constipação intestinal crônica, é permitida a utilização de Tamarine® ou de supositório de glicerina.
- Laxantes com óleo mineral ou hidróxido de magnésio não devem ser usados 48 horas antes da coleta.

I - Amostra
- Peso mínimo: 20 g.
- Encaminhar o material refrigerado à seção.
- Transferir o material recebido em fralda para frasco sem conservante.

II - Unidades fora do Estado de São Paulo
- Transferir todo o material para o formol 10%.

Atenção: Em casos que excedam às 12 horas, a amostra deve ser transferida para frasco contendo formol a 10%.

III - Estabilidade da amostra
- Temperatura ambiente: 6 horas;
- Refrigerada (2-8ºC): 12 horas;
- Congelada (-20°C): não-aceitável.

- Coloração de Auramina e/ou Kinyoun.

Ausência de oocistos ou esporocistos de Isospora belli, Cyclospora cayetanensis, Sarcocystis sp ou Cryptosporidium sp.

- Os coccídios que infectam o homem incluem a Isospora (Cystoisospora) belli, a Cyclospora cayetanensis, o Sarcocystis hominis e o Sarcocystis suihominis. Esses protozoários, no entanto, devem ser pesquisados em três amostras, pois um único resultado negativo não exclui o diagnóstico.
- A Isospora pode causar diarreia em imunocompetentes, mas costuma ser mais grave em imunodeprimidos, nos quais o quadro diarreico usualmente se torna crônico e frequentemente se acompanha de eosinofilia. Já os sintomas provocados em imunocompetentes pela contaminação com a C. cayetanensis em geral se alternam com ciclos de diarreia e anorexia e ciclos de aparente remissão.
- A infecção por Sarcocystis sp. está relacionada com o consumo de carne malcozida. As manifestações, que incluem náusea, dor abdominal e diarréia, ocorrem em cerca de três a seis horas após a ingestão do alimento contaminado. Em todos os casos, o diagnóstico é obtido com o exame microscópico das fezes após concentração por centrifugação e coloração de Kinyoun.
- O Cryptosporidium spp., apesar de ser anteriormente considerado um coccídio, é atualmente classificado como gregarino. Oito espécies já foram descritas em humanos, sendo as mais frequentes o C. hominis e o C. parvum. A infecção incide mais em crianças de até 5 anos de idade e em imunodeprimidos, tendo também a diarreia como a principal queixa clínica. Nos pacientes sem comprometimento imunológico, usualmente há evolução para cura espontânea em até duas semanas. Uma vez que os portadores desse protozoário eliminam um número reduzido de cistos, a sensibilidade de um único exame pode ser tão baixa quanto 53%. Portanto, recomenda-se a realização do teste parasitológico em três amostras de fezes ou a detecção do antígeno específico por método imunoenzimático.