Outros nomes:
I- Preparo:
- Próximo aos dias da coleta, manter dieta isenta de alimentos que contenham Ácido Sórbico (Sorbato) (Ex: maioneses, pescados, margarinas e embutidos) em sua composição.
- O cliente deve ficar 4 horas sem urinar previamente à coleta.
II- Material:
- Este exame pode ser realizado SOMENTE em amostra isolada
- Exame realizado em amostra isolada de urina após o período trabalhado do 3º dia consecutivo de trabalho com exposição ao Benzeno.
- Para clientes do sexo feminino, o ideal é não estar menstruada.
III - Coleta
- O procedimento não pode ser feito no posto de trabalho.
- Antes da coleta, deve ser feita rigorosa higiene das mãos.
- O cliente não deve usar a vestimenta usual de trabalho ao coletar esse exame.
- A coleta deve ser realizada na unidade.
- Urina isolada:
- Verificar se a amostra foi enviada em frasco cristal de tampa branca. Caso não seja esse o frasco, solicitar nova coleta.
- Aliquotar 3 mL em 1 tubo plástico estéril (alíquota padrão).
- Enviar material refrigerado imediatamente a seção LARI-LARN.
ATENÇÃO
- Em se tratando da coleta de metais, frascos com tampas coloridas (Ex.: estéril), não podem ser utilizados, pois podem trazer algum tipo de contaminante.
Estabilidade da amostra :
Temperatura ambiente: não aceitável;
Refrigerada (2 - 8 ºC): 4 dias;
Congelada (-20°C): não aceitável.
- Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC).
*IBE/EE: Até 750 ug/g de creatinina
*IBE/EE: Indicadores Biológicos de Exposição Excessiva.
(NR Geral Port 6734 9/3/20).
O benzeno é um líquido incolor, volátil e de odor aromático. Não se deve confundir com benzina, solvente orgânico, pois esta última é uma mistura de vários hidrocarbonetos, sendo que o benzeno propriamente dito aparece como contaminante. O benzeno é onipresente no ambiente. A maior parte da população geral está exposta na atmosfera urbana e industrial ao benzeno por meio de uma variedade de fontes. A maior parte das fontes são devido à queima de combustíveis, às emissões industriais e ao hábito de fumar (fumo ativo e passivo). Tal substância está presente na indústria química, plásticos, borracha, petróleo, farmacêutica, inseticidas, explosivos, solventes e removedores. Pode também estar presente como contaminante em colas, tintas vernizes e combustíveis. As vias de entrada no organismo são: cutânea, inalatória, mucosa e digestiva. Aproximadamente 50% do benzeno inalado é absorvido e a metabolização principal ocorre no fígado. O benzeno é solúvel em tecido adiposo, sendo possível quantificar seus metabólitos na urina até 48 horas após a exposição. A exposição aguda se caracteriza, no trato respiratório, por tosse, dispneia, cianose, broncoespasmo, pneumonite ; no trato digestório, por náuseas, vômitos, dor abdominal; e hematêmese. Causa irritação na pele e mucosas, arritmias ventriculares e anemia hemolítica. No sistema nervoso central e em casos de exposição aguda causa cefaleia, ataxia, alterações visuais, irritabilidade, torpor, letargia, convulsões, alucinações, euforia, agitação, espasmos musculares, tremores e hiperreflexia.
No sangue pode levar à pancitopenia.
O benzeno é um carcinógeno bem identificado. A exposição crônica pode estar associada à ocorrência de leucemias, mielomas e linfomas, além de causar anemia aplásica e hepatopatia.
Seu metabólito mais abundante é o fenol. Contudo, o ácido trans-trans mucônico, que é formado a partir do benzeno em pequenas proporções, é recomendado como indicador biológico para exposição a baixas concentrações de benzeno. A portaria 34 de 20-12-2001 recomenda a coleta da urina a partir do terceiro dia seguido de exposição. O tabagismo pode ocasionar elevação dos níveis de ácido trans-trans mucônico. A exposição concomitante ao tolueno pode interferir nos resultados. O sorbitol, um aditivo de alimentos, pode provocar uma discreta interferência, que é minimizada coletando a urina no final da jornada de trabalho; O ácido trans-trans mucônico pode eventualmente estar presente em amostras de pessoas não expostas do ponto de vista ocupacional. Os valores de referência habitualmente já contemplam essas interferências. Vale destacar que a exposição ocupacional deve, além deste exame, contemplar hemograma e contagem de reticulócitos.